Vizualizar Versão Completa : Celulares inteligentes têm grande ano em 2008


felipe MP
30-12-2008, 11:26 AM
http://img.terra.com.br/i/2008/09/23/875667-2550-it2.jpg (http://img.terra.com.br/i/2008/09/23/875667-2550-it2.jpg)

Não há dúvida que de 2008 foi o ano dos celulares inteligentes, ou smartphones. Nos últimos 12 meses chegaram ao mercado aparelhos que se tornaram verdadeiros ícones, como o iPhone 3G, o Google G1, o BlackBerry Storm e o Nokia N97.

Também foi o ano do surgimento dos "ecossistemas eletrônicos", para tirar maior proveito destes equipamentos, segundo a BBC.
Mas nem tudo são flores para os smartphones. A popularidade também colocou em evidência vários problemas que deverão ser enfrentados em 2009.


O lado bom

"Foi um ano mais ou menos bom", destaca Andrew Bud, chefe da empresa Mblox e diretor do Fórum de Entretenimento Móvel. Na opinião dele, um dos pontos positivos foi o efeito dos celulares inteligentes sobre o mercado da telefonia móvel.

Para Bud, muitos usaram os aparelhos para acessar sites de rede social como Facebook, MySpace e Beebo. "Também vimos surgir aplicativos como uma nova categoria de conteúdo", acrescenta.

Dados da Apple apontam que, entre julho e setembro deste ano, mais de 100 milhões de aplicativos foram baixados de sua loja App Store.

Para o analista Steven Hartley, da empresa especializada Ovum, a popularidade do telefone inteligente é um sinal de que certas tecnologias estão ficando maduras. "A 3G começou a cumprir suas promessas, é algo de que já se fala há um tempo", afirmou.


O lado ruim

Entretanto, alguns analistas crêem que 2009 não será tão bem-sucedido. Por um lado, segundo a empresa CCS Insight, as vendas de celulares vão se reduzir. "Será a primeira vez que o mercado vai se contrair desde 2001", destaca o relatório de final de ano da CCS.

A causa seria a crise econômica mundial. De acordo com o relatório, a única coisa que poderia reverter esta tendência é o comportamento dos mercados em países como Índia e China, ou regiões como a África subsaariana, onde ainda há uma baixa penetração desta tecnologia.

Mas, de acordo com o especialista da Ovum, conseguir uma base mais ampla de clientes em alguns mercados é uma faca de dois gumes.

"Quanto mais gente houver, mais baixará a pirâmide do valor, ou seja, você tem mais assinantes mas estes não geram muitos lucros", explicou.

A chave é incrementar o número de pessoas que paga pelo tráfego de dados, mas isto aumentará a pressão sobre a infra-estrutura, assinala o analista. E a situação econômica global pode dificultar a obtenção de capital necessário para absorver um crescimento significativo, disse Hartley.

creditos: UOL