Após anúncio recente de acordo com a Microsoft, a Red Hat, líder em soluções de open source (código aberto), aposta no mercado brasileiro para investimentos em 2009. Perto de divulgar seu balanço anual, a empresa se recusou a falar em números, mas disse, em entrevista à imprensa nesta terça-feira, em São Paulo, que o Brasil faz parte de sua estratégia de investimentos para este ano.

Um dos alvos da Red Hat no Brasil é a conquista de espaço entre clientes governamentais, tanto na União, quanto nos níveis de Estados e municípios. Para marcar sua intenção, a empresa inaugura amanhã seu escritório em Brasília com a presença do CEO da empresa, Jim Writehurst.

"A busca dos clientes governamentais não reflete em um novo foco da empresa, mas a sua expansão. É sabido que em todo o mundo os clientes governamentais são os que mais crescem e isso nos interessa", disse Writehurst.
O acordo com a Microsoft, anunciado nesta semana, permitirá a interoperabilidade para soluções de virtualização. Com isso, o hypervisor da Red Hat poderá ser utilizado em sistemas Windows Server, assim como o Hyper-V da Microsoft passará a ser compatível com o Red Hat Linux Interprise.
Writehurst afirma que o acordo com a Microsoft apenas agrega valor às duas partes. "Nosso principal concorrente somos nós mesmos. Precisamos fornecer o melhor serviço para manter os nossos clientes e ganhar novos", disse.
Segundo ele, a empresa praticamente dobrou o número de funcionários no Brasil no ano passado e pretende manter o crescimento neste ano apesar da crise. "Os mercados emergentes são estratégicos para a nossa empresa e queremos nos consolidar aqui. Não posso falar em números porque estamos a uma semana de divulgar a nossa receita anual", disse.
Segundo o CEO da empresa, a Red Hat tem boas perspectivas para 2009. "A própria internet oferece uma grande oportunidade para nós. Há muito mercado a ser explorado", diz.

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