O presidente-executivo da
Dell declarou na terça-feira que as negociações sobre a possível aquisição da
Sun Microsystems pela
IBM oferecem "enorme oportunidade" à segunda maior fabricante mundial de computadores no mercado de servidores para empresas.
Michael Dell disse que esse tipo de discussão gera incerteza quanto ao futuro dos servidores que utilizam o sistema Solaris, da Sun, e acelera a migração dos consumidores rumo a servidores que utilizam componentes padrão do setor, conhecidos como servidores x86, que são o produto básico da Dell no segmento.
Além da possível união entre IBM e Sun, a Dell também está enfrentando uma batalha potencialmente árdua com a fabricante de equipamento para redes
Cisco Systems e com a
Hewlett-Packard. A Cisco anunciou sua entrada no setor de servidores, e a HP começou a oferecer um pacote mais completo de serviços de tecnologia a seus clientes empresariais, depois de adquirir a EDS.
"Basta o boato sobre a possível aquisição da Sun pela IBM para que muitas dessas contas passem a ser uma possibilidade", disse ele.
Fontes familiarizadas com o assunto dizem que a IBM está em negociação para adquirir a Sun Microsystems.
O
Wall Street Journal publicou que a IBM estava oferecendo pagar pelo menos
US$ 6,5 bilhões em dinheiro, e que o valor total da transação seria de cerca de
US$ 8 bilhões, computado o
US$ 1,4 bilhão que a Sun detém em seu balanço.
A Dell está atrás da IBM e da HP no mercado de servidores, com participação de cerca de
12% em 2008, de acordo com a empresa de pesquisa IDC. O foco da companhia vem sendo os servidores x86 de baixo e médio preço, nos quais ela ocupa a segunda posição no mercado, atrás da HP.
Dell também disse que a empresa estava explorando as possibilidades de negócios com aparelhos com tela menor, e que seus negócios ao consumidor cresceram mais rápido que a média do setor durante o primeiro trimestre.
A Dell está estudando a produção e venda de celulares inteligentes baseados nos sistema operacionais
Android, do Google, e Windows Mobile, da Microsoft, publicou o
Wall Street Journal em janeiro.
Créditos
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