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Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, na sigla em inglês) começou a desenvolver nesta quarta-feira um plano nacional de banda larga. O objetivo é assegurar que todos os consumidores possam ter serviços rápidos e acessíveis para a internet. As informações são do
jornal USA Today.
Durante 60 dias, o público poderá encaminhar suas impressões à FCC e terá disponível por um mês um relatório para fazer comentários sobre a banda larga. A intenção da agência é fazer ajustes e melhorias para atender ao primeiro plano nacional de banda larga.
"Este poderá ser um passo muito importante que norteia o futuro da regulamentação das telecomunicações e do futuro online, que também poderá servir como um excelente estudo sobre a internet", disse o diretor de políticas publicas da Free Press,
Ben Scott.
Um dos apoiadores da iniciativa é o presidente americano
Barack Obama, que considera a banda larga um serviço de infra-estrutura básica como a eletricidade e a água. Para disseminar a adoção do serviço que aumenta a velocidade da internet, o
Congresso dos Estados Unidos vai liberar financiamentos de US$ 7,2 bilhões para atrair empresas que queiram ser provedoras.
Para
Paul Glenchur, analista de políticas públicas em Washington, essa mudança na sensibilidade política é fundamental. "Isto é parte de um amplo compromisso da administração governamental para a banda larga em toda a extensão do país e para torná-la acessível", diz ele.
O custo da banda larga, que nunca foi regulamentado pelo governo, provavelmente receberá estudo mais aprofundado para ser calculado. Atualmente, o serviço pode custar entre
US$ 40 e US$ 60 por mês, em média, colocando-o fora do alcance de muitos consumidores de baixa renda. Grandes prestadoras de acesso à internet têm resistido a atender consumidores com preços mais baixos, mas, diante da nova concorrência - sobretudo dos pequenos provedores -, o analista acredita que eles possam voltar atrás.
Embora a banda larga não esteja amplamente disponível em mercados urbanos e suburbanos, assim como em muitas zonas rurais, a conexão dial-up de acesso à internet ainda é comum. A prestação de serviço via satélite em banda larga também é uma opção para os consumidores rurais, mas que tende a ser muito lento.
Nos Estados Unidos, atualmente, a média de velocidade de banda larga é inferior a
3 megabits por segundo. A prestação de serviços ainda mais ágeis em velocidades, afirma o diretor de políticas publicas da Free Press, é imprescindível. "Se estamos falando de internet como infra-estrutura, a velocidade do serviço deve ser bastante elevada", conclui.
Créditos
www.terra.com.br/tecnologia