O crescente medo de
worms e
vírus pode estar por trás de uma recente alta nos ataques a computadores pessoais por meio de falsos softwares de segurança, de acordo com um relatório da Microsoft publicado na quarta-feira.
Enquanto o worm
Conficker e outros softwares maliciosos, conhecidos como
malwares, conquistam as manchetes, cresce o número de usuários de computadores que estão em busca de programas de segurança online, alguns dos quais na verdade são agentes de difusão de vírus.
Nas centenas de milhões de computadores monitorados pela maior produtora mundial de software para seu relatório semestral de segurança, sete das 25 principais ameaças de segurança vieram na forma de falsos programas de segurança. Nos seis meses finais de 2008, a
Microsoft informa ter eliminado o mais bem sucedido desses falsos programas de segurança, o
Win32/Renos, de 4,4 milhões de computadores.
Trata-se de um aumento de 67% ante o total registrado no primeiro semestre de 2008, disse
George Stathakopoulos, diretor de segurança de produtos no grupo de computação confiável da Microsoft.
De acordo com o relatório, a maioria dos consumidores preocupados com a segurança está sendo iludida por insistentes ou alarmantes advertências em anúncios pop-up.
Esses anúncios os levam a pagar por falsos sistemas de proteção, que na verdade são formas de malware cujo objetivo é roubar suas informações pessoais.
O fenômeno é conhecido como
"scareware", e representa um grande incômodo para produtores sérios de software de segurança, como a
Symantec, a
MacAfee e a
Trend Micro.
Mas essas empresas, por sua vez, desempenharam um papel em causar temor quanto a malware como o Conficker, e colheram recompensas na forma de compras de seus produtos pelos consumidores preocupados.
O Conficker, um malware que se infiltra em um computador e permite que este seja controlado remotamente, aparentemente infectou milhões de computadores, mas até o momento isso não resultou em perturbações sérias.
Em termos gerais, o relatório da Microsoft aponta que os casos de problemas causados por software de segurança na verdade caíram em 3%, no segundo semestre do ano passado ante o primeiro. Mas o número de episódios definidos como "de alta severidade" cresceu em 4%.
O relatório, e orientação sobre como evitar vírus, está disponível em
http://www.microsoft.com/sir.
Créditos
www.terra.com.br/tecnologia