O número de
vírus e outras
pragas digitais vem crescendo de forma extraordinariamente rápida e a tática de seus criadores está mudando, de e-mails que se fazem passar por mensagens de fontes legítimas para ameaças ocultas em sites aparentemente seguros, como o de uma pousada local, informou a empresa de software de segurança de computadores
Symantec. Houve grande aumento no número de vírus e outras pragas eletrônicas na web, com
624.267 identificados em 2007 ante
1,6 milhão em 2008, de acordo com a empresa.
"Cerca de 60% de todas as ameaças (de softwares malignos) dos últimos 20 anos surgiram nos últimos 12 meses", disse
Vincent Weafer, vice-presidente de informações e segurança de conteúdo da Symantec, em entrevista à
agência Reuters. Os atacantes estão deixando de lado a técnica de spam por e-mail, conhecida como phishing, usada para obter informações pessoais sobre usuários, e recorrendo à invasão de sites legítimos, por exemplo, o de uma empresa local, que usam para praticar os roubos de dados, afirma o relatório.
Os atacantes tendem a evitar os sites de grandes empresas que têm condições de repararem suas páginas rapidamente e a se concentrar em sites menores, não operados por profissionais, como os de uma pousada. O relatório da Symantec menciona outros exemplos - sites do governo dos
Estados Unidos e do Reino Unido - que foram infectados. "Os criminosos estão invadindo sites legítimos e os comprometendo", disse Weafer.
O objetivo do malware é roubar, e a expansão do acesso em banda larga em vários países torna mais fácil que áreas sem controle sirvam como anfitriãs a
crackers. "Em 2008, 78% das ameaças a informações confidenciais exportaram dados sobre os usuários e 76% utilizaram um sistema de registro de digitação para roubar informações como as senhas de contas bancárias online", afirma a Symantec em relatório.
Assim que números de cartões de crédito, nomes de usuário e senhas são roubados, eles são vendidos no
mercado negro. "O item mais popular à venda nos servidores da economia clandestina em 2008 foram as informações sobre cartões de crédito, respondendo por 32% do total", segundo o levantamento. "O preço de cada cartão pode ser de apenas seis centavos de dólar, quando as informações são compradas em lotes."
Já senhas de contas bancárias foram o segundo item mais vendido, com participação de 19%, por entre US$ 10 e US$ 1 mil cada. Nomes de acesso a contas de email e senhas ficaram em terceiro lugar, com 5% e custando entre US$ 0,10 a US$ 100. "Se você tiver um domínio, posso usá-lo para mandar spam.
Eu posso usá-lo para fingir que sou você ou outras pessoas", disse Weafer. "É provável que a senha do seu email seja a mesma da sua conta bancária." Weafer argumenta que os usuários não podem mais depender somente de softwares de segurança e defendeu cooperação internacional para se lidar com o crime organizado.
Créditos
www.terra.com.br/tecnologia