Charles Miller identifica bug no software do iPhone que permite execução de shellcodes com ataques que explora falhas em aplicativos no celular
Charlie Miller, analista de segurança da
Independent Security Evaluators, descobriu uma possível nova vulnerabilidade no
iPhone, da
Apple.
Conhecido por vasculhar produtos da
Apple atrás de falhas de segurança,
Miller já ganhou por dois anos seguidos o concurso
CanSecWest.
Miller afirmou durante a conferência europeia
Black Hat Europa nesta quinta-feira (16/04) que é possível rodar
shellcodes em um
iPhone, ao contrário da suposta incapacidade para comandos do tipo no celular da
Apple por motivos de segurança.
A capacidade de rodar
shellcodes é importante já que permite que
crackers bolem ataques maliciosos contra o
iPhone, como roubar mensagens de texto ou histórico de chamadas remotamente.
Versões anteriores do
software do
iPhone não tinham muitas proteções para prevenir usuários de rodar programas que executassem comandos, afirmou ele. Mas a versão mais recente do
software fortaleceu a restrição por motivos de segurança, conta ele.
Miller afirmou ter descoberto uma maneira de enganar o
iPhone para que shellcodes fossem habilitados.
Para tanto, contudo, um
cracker precisaria atacar uma vulnerabilidade em um
software no aparelho, como uma brecha no
Safari móvel, algo que ele afirma não existir ainda.
Caso uma brecha complementar do tipo seja descoberta, "
isso permitiria que qualquer um rodasse os códigos que quisesse", disse
Miller em entrevista após sua apresentação.
Em 2007,
Miller e colegas anunciaram uma vulnerabilidade no
Safari móvel que permitiria que um
cracker controlasse o
iPhone. A
Apple foi imediatamente notificada e corrigiu o problema mais tarde.
A descoberta de
Miller é importante também por funcionar em versões não alteradas do
iPhone. Pesquisadores demonstraram grande habilidade em manipular
iPhones desbloqueados, que têm menos proteções na memória do aparelho, afirmou.
*créditos a MacWorld