Se as altas temperaturas são um dos fatores que impedem o avanço das velocidades dos processadores, a empresa
Koolance parece ter resolvido ao menos esse problema. O novo conjunto de resfriamento lançado pela fabricante utiliza nada menos do que
nitrogênio líquido (conhecido por ser a substância mais "fria" da natureza) para abastecer seus "coolers".
Obviamente, resfriadores a nitrogênio para processadores de
PCs não são novidade, os
overclockers fazem isso há anos. A novidade, aqui, é o anúncio de um produto pronto e comercialmente disponível, já que até então os resfriadores a nitrogênio conhecidos eram todos fabricados em casa pelo próprio entusiasta.
Segundo o
The Register, o conjunto de resfriamento anunciado pela Koolance consiste em um reservatório de acetato, acoplado a uma placa fria de cobre puro banhada a níquel. Os elementos, juntamente com o nitrogênio líquido, são capazes de resfriar o processador "mais rápido até que o Homem de Gelo dos X-Men", brinca o site.
Para que ocorra o resfriamento desejado, o reservatório deve ser abastecido continuamente com o líquido e sua evaporação dissipa o calor do processador.
Com o uso desse resfriamento extremo, é possível aumentar a velocidade de operação dos processadores para além dos limites impostos pelo fabricante, já que a tremenda geração de calor decorrente disso não será mais problema.
O produto, que pesa 1,58 kg em seu conjunto, deve ser lançado ao mercado em breve, informa o
site Hardware. O preço sugerido será por volta de
111 euros (aproximadamente R$ 320). O site recomenda que os novatos em termos de super-resfriamento leiam o manual ou consultem usuários mais experientes antes de se lançar à arte da refrigeração à base de nitrogênio líquido.
O elemento químico nitrogênio (N) é encontrado na natureza sob a forma de gás, compondo mais de 40% do ar atmosférico. Para que seja atingida a fase líquida, o gás é submetido a altas pressões, que diminuem sua temperatura até aproximadamente 200ºC negativos.
É uma das substância mais "frias" conhecidas, chegando muito perto do "zero absoluto" (-273ºC), na qual o movimento das moléculas de um elemento cessaria por completo.
Créditos
www.terra.com.br/tecnologia