Empregados da
Microsoft são, naturalmente, apaixonados por eletrônicos, mas há um "brinquedo" tecnológico que não podem exibir: um
iPhone.
Fabricado pela
Apple, o aparelho - o mais popular smarphone do mundo - é uma lembrança constante do fracasso da própria Microsoft nos últimos anos em disputar mercado no mercado de celulares modernos. Mas é considerado especialmente doloroso que os próprios funcionários da empresa de Bill Gates sejam adoradores do Iphone.
De acordo com a consultoria ComScore, o iPhone tem 25,1% do mercado americano de smartphones enquanto os celulares com
Windows, mesmo somando vários fabricantes, são apenas 15,7%.
O executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer, impôs uma situação de quase perigo a quem for visto com um iPhone nas dependências da empresa. Ballmer, que se diz um apaixonado pela Microsoft disse a executivos que quando seu pai trabalhou na Ford a família só dirigia automóveis da montadora.
O perigo de ser visto com um iPhone - lembra o site do
The Wall Street Journal - teve uma mostra em setembro passado, quando um empregado, em uma conferência em Seattle, usou seu iPhone para fazer uma foto de Ballmer, que havia acabado de discursar. Ballmer arrancou o aparelho das mãos do empregado e fingiu pisoteá-lo diante de milhares de funcionários da Microsoft.
Em janeiro, foi a vez de um estudante que pediu um autógraf o de B allmer em seu Macbook, o notebook fabricado pela Apple. "Não precisa de um novo?", escreveu Ballmer no computador antes de assinar o próprio nome.
Já o presidente da Divisão de Negócios, Stephen Elop, não fez encenação. Ao renunciar ao iPhone, destruiu-o durante um encontro de representantes de vendas da Microsoft.
Ballmer teria aparelhos de diferentes fabricantes, mas todos rodariam apenas o sistema operacional Windows. Mas entre os executivos de destaque que usam o iPhone está J. Allard, um dos criadores do videogame Xbox.
O sistema de e-mails de empregados da Microsoft registrou 10 mil iPhones cadastrados em 2009 - equivalentes a 10% de toda a força de trabalho global da empresa. Ainda assim Kevin Turner, chefe do Escritório de Operações, disse desencorajar o uso de iPhones. No início do ano passado a empresa também mudou sua política e passou a só fornecer aos empregados celulares com o Windows instalado.
O constrangimento teria levado funcionários que insistem nos iPhones e adotar a discrição para usá-los. E, claro, jamais atender uma ligação perto de Steve Ballmer.
Ao mesmo tempo a Microsoft não teria como proibir totalmente o uso de dispostivos da Apple, já que produz softwarespara a rival. Atualmente, por exemplo, são fortes os rumores de que o iPhone poderá adotar o sistema de buscas Bing, da Microsoft, substituindo o Google, atualmente instalado nos aparelhos..
Procurado pelo
The Wall Street Journal, um porta-voz da Microsoft se recusou a comentar a história. Da mesma maneira, a Apple não quis se manifestar.
Redação Terra