A decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de multar a Telefônica caso a empresa venda novas assinaturas do Speedy levantou uma série de questões sobre a qualidade e os modelos de oferta de serviços de banda larga no Brasil entre os consumidores que seguem o IDG Now! no Twitter.
Na opinião de alguns leitores, a sanção contra a Telefônica é positiva, mas não soluciona a falta de concorrência no mercado de acesso à internet em banda larga.
“Considero a suspensão um passo na direção certa, porém são necessárias medidas para acabar com o monopólio, a causa maior de tudo”, avalia Renato (“silkarius”), que defendeu a prática do umbundling - compartilhamento de infraestrutura das operadoras mediante aluguel – para estimular a competição em banda larga.
A internauta Juliana Sardinha considera a decisão da Anatel “justa e necessária” e também defende a concorrência no setor. “A melhor forma de obrigar a Telefônica a prestar um serviço de qualidade é abrindo concorrência (...). Enquanto a Telefônica for a única opção na maioria do Estado, pouca coisa vai mudar”, afirma.
Na avaliação de Felipe Siqueira, a decisão da Anatel fará com que a Telefônica se concentre na qualidade de seus produtos, em detrimento da oferta de um serviço de qualidade inferior a novos usuários. O usuário Henrique D'Agostini reforça a opinião: “A Telefônica já ultrapassou os limites de portas (de acesso) para o Speedy, mas continua a vender”.
“Mais do que acertada a decisão. Além das vendas casadas, a Telefônica não entrega o que realmente vende, sem mencionar o atendimento”, afirma o internauta Marcelo Santos no microblog. A oferta do serviço de banda larga somente a clientes que já possuem uma linha de telefonia fixa da operadora é uma "venda casada" ilegal, segundo a Pro Teste, associação de defesa do consumidor.
A garantia de prestação de serviço de 10% da velocidade contratada pela maioria dos serviços de acesso em banda larga do País foi outra questão lembrada no Twitter. “É uma decisão tardia”, comentou o Humberto Ribeiro sobre a sanção da Anatel. “Difícil é obrigar a prestar um bom serviço. Hoje você compra ‘100’ mas eles só garantem ‘10’”.
Usuários de empresas, que vêm sofrendo sucessivas instabilidades com o Speedy, também consideram a decisão positiva, porém tardia. “Perfeita a proibição. Veio atrasada até. Trabalho em um empresa de Web 2.0 e há semanas temos problemas com a conexão”, comentou Bruno. Já o empresário André Pignata disse que sua empresa está há 14 dias sem internet por problemas do Speedy. “Estou usando Net Vírtua agora. Acho uma punição justa da Anatel.”
Na avaliação de consumidores como Danilo Amoroso, os serviços de banda larga apresentam problemas de estrutura. “O Brasil tem estrutura precária para serviços de banda larga. Essa suspensão pode indicar a necessidade de melhor gerenciamento”. Já segundo o internauta Andre Bernard, a Anatel deveria rever o regulamento para o serviço de acesso rápido à internet. O usuário Gabriel Rinaldi complementa: “Eu acho certíssimo, isso deveria ser aplicado a todos os serviços que não suportam a base de clientes e continuam crescendo.”
Os efeitos colaterais da decisão da Anatel não foram esquecidos pelos consumidores no Twitter. Artur Couto ressaltou o problema da falta de opção a usuários que não possuem outra oferta de banda larga, em suas regiões. “Sou totalmente favorável. Mas como alguém como eu fica já que o Vírtua não chega até minha casa? Continuo refém da Telefônica?”.
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23-06-2009, 02:45 PM
Usuários do Twitter apoiam decisão da Anatel sobre Speedy
