Mesmo depois de ter utilizado o nome Nexus One comercialmente, o Google teve o pedido de registro de marca sobre o nome de seu celular negado. Aparentemente, o nome já possuía um dono.

Isso porque quando a empresa solicitou o registro do nome "Nexus One", outra empresa já detinha os direitos da palavra "nexus" para produtos relacionados à serviços de telecomunicações, que incluem "transmissão de dados e voz, conferências, encaminhamento de chamadas, rejeição de chamadas, retorno, espera de chamadas, identificação e bloqueio de chamadas e acesso banda-larga a rede mundial de computadores", destaca o site The Register.
A Integra Telecom já detinha a patente do nome "nexus" desde 2008, o que significa que se a Google tivesse aguardado um pouco mais para usar o nome Nexus One teria descoberto que não estava disponível.
Em entrevista ao site OregonLive, a Integra alegou que o nome "Nexus" é bastante importante para a empresa: "Ficamos felizes que o serviço de patentes e marcas dos Estados Unidos (USPTO) esteja protegendo nossos direitos de marca. A Integra tem mais de US$60 milhões anuais de receita associados à nossa marca Nexus e isso representa milhões de novos rendimentos para a empresa todos os anos."
No entanto, a empresa se mostrou aberta à negociações. "O Google ainda não entrou em contato conosco desde a decisão sobre o registro de marca mas nós esperamos que sej a possível trabalharmos em conjunto para atingir as nossas metas".
Aparentemente, a Google não quer saber de negócios com a Integra e pretende recorrer da decisão, principalmente pelo fato de a empresa ter solicitado o registro de "Nexus One" e não apenas de "nexus", conforme informações do site The Inquirer.
Este não é o primeiro engasgo que o Google sofre por ter escolhido Nexus One como nome de seu smartphone. A família do escritor Philip K. Dick já havia processado a empresa antes pelo uso do mesmo nome. Dick é autor do livro "Blade Runner", no qual alguns dos personagens principais são de um mesmo modelo de andróides chamado Nexus Six.
O livro cita a primeira geração dos autômatos, Nexus One, mesmo nome do celular do Google - que, ironicamente, roda o sistena operacional da empresa, cujo nome é justamente Android. A propósito, o livro foi publicado pela primeira vez em 1968, quando nem se sonhava com telefones celulares.