A Comissão Européia anunciou nesta quarta-feira uma multa recorde de 1,06 bilhão de euros (US$ 1,45 bilhão, ou quase R$ 3 bilhões) à americana Intel, líder mundial de microprocessadores, por abuso de posição dominante e práticas desleais. Bruxelas acusa a Intel de ter aproveitado, entre outubro de 2002 e dezembro de 2007, sua posição dominante no mercado de processadores para prejudicar as concorrentes, por meio de descontos "integral ou parcialmente ocultos" estabelecidos com os fabricantes de computadores.
A multa foi resultado de uma investigação, inciada em 2000, quando a empresa rival Advanced Micro Devices (AMD) fez uma reclamação, alegando que a Intel estava pagando fabricantes de computadores na Europa para que não usassem os processadores AMD.
A investigação da Comissão também revelou que a Intel pagou para que uma rede de comercialização de produtos de informática vendesse computadores apenas com os chips da Intel.
"A Intel prejudicou milhões de consumidores europeus ao deliberadamente atuar para impedir acesso dos seus competidores ao mercado de chips de computadores por muitos anos", disse a comissária de Concorrência, Neelie Kroes, de acordo com a BBC. "Uma violação tão séria e contínua das leis antitruste da Europa não pode ser tolerada."
"A Comissão contesta, não os descontos em si, mas as condições em que a Intel os concedeu", afirma o comunicado do órgão executivo da União Europeia (UE), segundo a agência France Presse.
O recorde anterior de multa aplicada pela Comissão Européia era da gigante americana do software Microsoft, que ano passado foi condenada a pagar 899 milhões de euros por não cooperar após uma sentença contra a empresa, também por abuso de posição dominante. O grupo apresentou um recurso judicial que está em andamento.
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