A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão inaugurou na quarta-feira (01/04) o supercomputador Fujitsu FX1. A máquina foi desenvolvida para isolar os satélites do barulho gerado durante os lançamentos dos foguetes. O ruído pode tornar o satélite inutilizável antes mesmo que alcance a órbita.
A máquina possui 3.008 transmissores, cada um com microprocessador de quatro núcleos Sparc64 VII. O FX1 tem 94 terabytes de memória e performance de 120 teraflops.
Rodando o benchmark Linpack padrão, ele alcançou um pico de desempenho de 110,6 teraflops, o que mostra que ele não é apenas a máquina mais potente do Japão como o supercomputador mais eficiente do mundo, afirma a agência. Tal desempenho representa 91,2% de sua performance teórica e sobrepõe a capacidade da máquina recordista até então: O Jaxa, da Alemanha.
A Fujitsu atribui a alta eficiência ao hardware Parallelnavi, um middleware usado no sistema, e à experiência dos desenvolvedores.
O sistema conecta um disco com capacidade de um petabyte de armazenamento e 10 petabytes de gravação (um petabyte é um milhão de gigabytes). Junto a isso, há numerosos equipamentos de ar condicionado industriais para diminuir o calor gerado por todo o hardware.
O computador deve começar a funcionar em simulações como o barulho que ocorre em um lançamento de um satélite. "Existe uma grande faixa de frequências e geralmente nós podemos capturar apenas no nível entre 60 e 100 Hertz. Esperamos, com o supercomputador, que possamos capturar frequências de 150 ou até 200 Hertz, o que é difícil com o computador atual", disse Kozo Fujii, diretor do centro de engenharia digital JAXA, criador da máquina.
A construção do supercomputador custou 101 milhões de dólares durante cinco anos.
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