Suspensão de restrições para entrada de companhias de telecom pode ser primeiro passo para revolução da informação na ilha
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na segunda-feira (14/04) uma série de passos para facilitar o relacionamento do país com Cuba, suspendendo restrições impostas à ilha desde 1962, afirma o jornal The Washington Post.
O presidente norte-americano praticamente eliminou as regras que impediam que empresas dos EUA levassem serviços de informação e alta tecnologia para Cuba. O anúncio deve também abrir as portas para a revolução da informação e a ilha finalmente pode entrar na era do iPhone e Wikipedia, comenta a reportagem do Washington Post.
Desde abril do ano passado, quando o governo do presidente Raul Castro baniu as restrições para que cidadãos cubanos comprassem celulares no país, houve um aumento de 60% no número de assinantes. Atualmente, há 480 mil linhas de celular ativas na ilha, comparadas a 300 mil antes da mudança na lei.
A operadora ETECSA, cuja propriedade é de 73% do governo e 27% da Telecom Itália, possui o monopólio da telefonia fixa e móvel em Cuba.
Em 2008, Cuba contabilizou 1,3 milhão de internautas, uma penetração de 11,5% em relação ao total de 11,4 milhões de habitantes do País, de acordo com a Internet World Stats.
Com as novas regras, afirmam representantes da Casa Branca, é provável que haja uma explosão de novos voos particulares para ilha, e voos comerciais devem crescer logo em seguida. Bens e dinheiro podem, pela primeira vez, ser enviados ilimitadamente por norte-americanos para seus familiares em Cuba.
No entanto, foi mantido o embargo comercial contra a ilha, em vigor desde 1962, que é um dos pilares da política americana em direção ao regime
castrista. A Lei
Helms-Burton, de 1996, que endureceu o embargo econômico, comercial e financeiro a Havana, estabelece que, enquanto um membro da família
Castro estiver no poder, o presidente dos Estados Unidos não poderá decidir o fim desta medida coercitiva.
*créditos a 'IDG Now!' e 'Estadão.com'